O eucalipto é uma árvore exótica, ou seja, não pertence à flora natural do Brasil. Ela foi trazida no início deste século, proveniente da Austrália, onde existem mais de 600 espécies nativas de eucalipto. Cada espécie apresenta características diferentes e é adequada para aplicações também diferentes. O eucalipto, no Brasil, já ocupa enormes áreas de reflorestamento. As diferentes espécies apresentam características próprias, que foram geneticamente desenvolvidas e adaptadas às condições de clima e de solo do nosso país. Assim, o eucalipto tem sido largamente utilizado para diversos fins, substituindo as madeiras nativas e permitindo a exploração racional da madeira. Híbridos de alta produtividade foram obtidos após anos de pesquisa e hoje os plantios são feitos normalmente pelo processo de clonagem.

No início de sua cultura no Brasil, o eucalipto era visto como uma espécie que causava uma série de problemas ao meio ambiente e era inicialmente usado como carvão, seguido pela ampla utilização para produção de pastas de celulose e papel e em produtos da indústria farmaquímica, e atualmente vem ocupando posição de destaque na indústria moveleira e na construção civil.

O segmento engloba madeira serrada, madeira processada para a produção de compensados, aglomerados, lâminas de madeira e chapas de fibra. Essas chapas e painéis são formadas por madeira reconstituída (à base de fibras ou partículas) pela colagem de pequenas peças ou laminas, os chamados painéis compensados. No mercado de chapas duras, o Brasil é o líder mundial, usando o eucalipto como matéria-prima. Em 1999 a produção foi de 536 mil metros cúbicos, baseada exclusivamente em eucalipto.

REFLORESTAMENTO

O reflorestamento é uma das formas mais eficazes para evitar que florestas nativas, como a Amazônia e os remanescentes da mata Atlântica, sejam usadas para produzir papel, móveis, carvão vegetal e chapas de madeira. Hoje, a maior parte da madeira utilizada na produção desses itens vem de áreas reflorestadas, principalmente de plantações de pinus e eucalipto.

Além do reflorestamento manter florestas nativas ilesas, também se evita toda a estrutura que precisa ser criada para a extração de árvores de uma mata, como estradas e trilhas e a ação  do homem. Na natureza uma árvore boa para corte geralmente está muito distante da outra. Já em florestas cultivadas a matéria-prima é homogênea e ordenada, tendo uma produtividade melhor e da espécie apropriada.